...PORQUE ME PERTENCEM...
Ou porque as sinto,
obras minhas
Ou porque gostaria de as ter
inspirado
Não avisarei ou pedirei
autorizações
Porque tenho o direito de me
encantar
E deixar que se encantem,
todos
Os que este local
procurem.
Pronto a aceitar as punições
devidas
Apenas agradeço ao
Universo
ter-me colocado na rota,
destes
Que em vida
Constroem a sua e, com
ela
A humana
imortalidade.
Palavra a
palavra
Pincelada a
pincelada
Cinzelada a
cinzelada
ou
Olhar a
olhar...
Por
favor, deliciem-se...
EXISTENCIAL
(Não raras são as vezes Nuno, que mergulho na densidade da tua poesia
e emerjo refeito... e mais rico, também!)
A terra húmida
sob os pés
Vida que passa
descalça
Por ser tão livre
como criança
Ou arvore de
fruto
Ou erva
daninha.
Faço a minha casa
nos teus olhos
Uma espécie de
amor
Que trago à
noite
Com jardins e com
vento
Para dormirmos
bem.
Sobre a
vida
Falo te
amanhã
Vamos dormir
agora
Abraçados a esta
filosofia
Imperfeita como
os homens.
Para sempre a
vida
Talvez um
ciclo
Esqueci uma
religião que falava disso
Sintonia e
equilíbrio
Para sempre,
acredita
Quando partir
ficarei ao teu lado
E levo-te comigo
No aroma de uma
essência
Tão básica e
natural
Que não
existe.