O Poeta não desiste, nunca... Simplesmente porque a poesia não deixa!
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Série: GENIAL - Inês Dunas
44ª Sinfonia tri-partida em dó menor...
Há um piano leito onde me deito
e uma flauta que agarras com a mão
e me pedes para tocar, devagar...
Cada nota um desejo,
cada clave a chave de um beijo...
Somos instrumentos de sopro ao relento,
de ritmo lento
que aquece com a respiração
e ganha forma pelos lábios...
Pudessem as palavras ser pautas de Wagner
E eu compor sinfonias de Beethoven em escalas decimais...
Há um misto de loucura e tortura nesta musica...
Os tempos estão descompassados e as batutas tortas talvez...
E as áreas de ópera são quadros barrocos
onde o cristal não tem lugar...
Amo-te em violoncelos no meio das pernas
e trompetes desafiando clarinetes...
Mas tu só percebes linguagem gestual, nada mais...
Não reparas no som há tua volta,
quando subo um tom acima
e digo o teu nome...
Falaram-me de harpas mas eu só ouço tambores tribais
que provocam os violinos e lhe lambem as cordas...
E as valsas de Strauss são rumbas descaradas de ombros nus,
numa Viena infestada de odores de tangos argentinos,
em acordeões transpirados de sal e vontades lascivas...
E o teu corpo uma guitarra portuguesa que chora partituras de fado antigo,
num chão ornamentado por xailes onde me perco, agora, contigo...
e uma flauta que agarras com a mão
e me pedes para tocar, devagar...
Cada nota um desejo,
cada clave a chave de um beijo...
Somos instrumentos de sopro ao relento,
de ritmo lento
que aquece com a respiração
e ganha forma pelos lábios...
Pudessem as palavras ser pautas de Wagner
E eu compor sinfonias de Beethoven em escalas decimais...
Há um misto de loucura e tortura nesta musica...
Os tempos estão descompassados e as batutas tortas talvez...
E as áreas de ópera são quadros barrocos
onde o cristal não tem lugar...
Amo-te em violoncelos no meio das pernas
e trompetes desafiando clarinetes...
Mas tu só percebes linguagem gestual, nada mais...
Não reparas no som há tua volta,
quando subo um tom acima
e digo o teu nome...
Falaram-me de harpas mas eu só ouço tambores tribais
que provocam os violinos e lhe lambem as cordas...
E as valsas de Strauss são rumbas descaradas de ombros nus,
numa Viena infestada de odores de tangos argentinos,
em acordeões transpirados de sal e vontades lascivas...
E o teu corpo uma guitarra portuguesa que chora partituras de fado antigo,
num chão ornamentado por xailes onde me perco, agora, contigo...
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A tua escrita impressiona
pela forma como confronta
a indiferença, o sossego
enquanto de nós toma conta...
enquanto de nós toma conta...
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Rzorpa
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Série: G E N I A L
EYE LII
FOTOARTE
EYE LII um olhar sem limite... AQUI
FOTOARTE
EYE LII um olhar sem limite... AQUI
Suspenso e de ar à conta
Deixo o fundo que me seduz
Como se indolente visse a luz
Que de ti, me faz chegar a sombra...
Deixo o fundo que me seduz
Como se indolente visse a luz
Que de ti, me faz chegar a sombra...
De olhar nu e desassombrado
Carregas dos escombros, a alma
Do abandono, apenas a calma
Traços que o tempo, tinha já apagado…
Carregas dos escombros, a alma
Do abandono, apenas a calma
Traços que o tempo, tinha já apagado…
Sorris sim, muito, como que aliviada
Como se de ti se ausentasse uma aflição
Vendo, onde outros vêem caos, gratidão
Em traço que não esquece, vida passada...
Como se de ti se ausentasse uma aflição
Vendo, onde outros vêem caos, gratidão
Em traço que não esquece, vida passada...
Sinto o ar suster-se mudo, em mim
Como se de poema tratado, ficasse assim
Vendo por olhos que vêem livres sem fio...
Como se de poema tratado, ficasse assim
Vendo por olhos que vêem livres sem fio...
E dessa luz, que do fundo vem, de ti
Sinto o ar suster-se mudo, odor alecrim
Como se do poético traço, ficasse assim
Um olhar tido, desse eterno momento… Lii
Sinto o ar suster-se mudo, odor alecrim
Como se do poético traço, ficasse assim
Um olhar tido, desse eterno momento… Lii
Rzorpa
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