44ª Sinfonia tri-partida em dó menor...
Há um piano leito onde me deito
e uma flauta que agarras com a mão
e me pedes para tocar, devagar...
Cada nota um desejo,
cada clave a chave de um beijo...
Somos instrumentos de sopro ao relento,
de ritmo lento
que aquece com a respiração
e ganha forma pelos lábios...
Pudessem as palavras ser pautas de Wagner
E eu compor sinfonias de Beethoven em escalas decimais...
Há um misto de loucura e tortura nesta musica...
Os tempos estão descompassados e as batutas tortas talvez...
E as áreas de ópera são quadros barrocos
onde o cristal não tem lugar...
Amo-te em violoncelos no meio das pernas
e trompetes desafiando clarinetes...
Mas tu só percebes linguagem gestual, nada mais...
Não reparas no som há tua volta,
quando subo um tom acima
e digo o teu nome...
Falaram-me de harpas mas eu só ouço tambores tribais
que provocam os violinos e lhe lambem as cordas...
E as valsas de Strauss são rumbas descaradas de ombros nus,
numa Viena infestada de odores de tangos argentinos,
em acordeões transpirados de sal e vontades lascivas...
E o teu corpo uma guitarra portuguesa que chora partituras de fado antigo,
num chão ornamentado por xailes onde me perco, agora, contigo...
e uma flauta que agarras com a mão
e me pedes para tocar, devagar...
Cada nota um desejo,
cada clave a chave de um beijo...
Somos instrumentos de sopro ao relento,
de ritmo lento
que aquece com a respiração
e ganha forma pelos lábios...
Pudessem as palavras ser pautas de Wagner
E eu compor sinfonias de Beethoven em escalas decimais...
Há um misto de loucura e tortura nesta musica...
Os tempos estão descompassados e as batutas tortas talvez...
E as áreas de ópera são quadros barrocos
onde o cristal não tem lugar...
Amo-te em violoncelos no meio das pernas
e trompetes desafiando clarinetes...
Mas tu só percebes linguagem gestual, nada mais...
Não reparas no som há tua volta,
quando subo um tom acima
e digo o teu nome...
Falaram-me de harpas mas eu só ouço tambores tribais
que provocam os violinos e lhe lambem as cordas...
E as valsas de Strauss são rumbas descaradas de ombros nus,
numa Viena infestada de odores de tangos argentinos,
em acordeões transpirados de sal e vontades lascivas...
E o teu corpo uma guitarra portuguesa que chora partituras de fado antigo,
num chão ornamentado por xailes onde me perco, agora, contigo...
Blog
»»»»»Inês Dunas«««««
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A tua escrita impressiona
pela forma como confronta
a indiferença, o sossego
enquanto de nós toma conta...
enquanto de nós toma conta...
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Rzorpa
Obrigada, por este belo poema que nos leva em todos os tons a uma sinfonia de amor.
ResponderEliminarEster Cid Pita
Ester, é uma honra ter-te neste espaço que é tambem teu e onde te espero encontrar sempre!!!! Em nome da Inês Dunas, um imenso obrigado pelo teu comentário e visita!
EliminarE o video tem tudo a ver com o poema da senhora....realmente!!!
ResponderEliminarObrigado pela visita e comentário! :))
EliminarMúsica e emoções são combinações perfeitas. Adoro esta mistura. Belo poema e belo video. :D
ResponderEliminarMuito Obrigada Ester pela sua leitura e simpatia, é sempre recompensador sentir que nos sentem! Beijinho em si! :)
ResponderEliminarInês Dunas
Muito Obrigada Paula por ter passado e ter deixado um pouco de si!
ResponderEliminarBeijinho em si!
Inês Dunas
Eye Lii admiro imensamente o teu trabalho, ter-te aqui a comentar um poema meu é uma grande honra! Muito Obrigada e um grande beijinho em ti!
ResponderEliminarInês Dunas
Aproveito uma vez mais para te agradecer Rui Zorpa por me receberes com tanto carinho, aqui no teu cantinho!
ResponderEliminarBeijinho grande em ti!
Inês Dunas
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